No dia 21 de dezembro, com início às 21h00, tem lugar no Seminário Diocesano de Leiria, mais uma aula da formação promovida pela Escola Diocesana Razões da Esperança sobre o tema “Rumo a uma Igreja sinodal a convite do Papa Francisco”. Cabe ao professor Virgílio Mota a apresentação do tema “Igreja sinodal é a melhor resposta à pandemia”. Em jeito de antecipação Virgílio Mota refere que a sua reflexão será efetuada com base no documento da Conferência Episcopal Portuguesa “Desafios pastorais da pandemia à Igreja em Portugal”, datado de 13 de novembro de 2020.
A última sessão da formação decorreu a 7 de dezembro e foi apresentada pelo casal Inês Pereira e João Duarte. O casal, ela fisioterapeuta e ele bancário, apresentaram a sua interpretação sobre o tema “A Igreja ‘do’ Papa Francisco”.
“Não somos teólogos”, começaram por dizer, para sublinhar que se propuseram partilhar o seu testemunho e reflexão sobre o atual pontificado enquanto membros da Igreja e desde cedo ligados a estruturas ou serviços da Igreja diocesana.
Inês Pereira sublinhou no Santo Padre “a coerência de vida, como padre, como bispo e como Papa”, a “grande humildade, ao pedir que rezem por ele” e os “seus gestos, que nos marcam”, como a escolha de Francisco para o seu nome como Papa, “por se querer junto dos pobres, pela sua opção pela pobreza”. Inês Pereira recordou ainda as viagens históricas que mostram a opção do Papa Francisco pelos mais desprotegidos, “a Lampedusa, ao Iraque e a Lesbos (…), onde o Papa leva Cristo às periferias”. A jovem mãe referiu ainda “a flexibilidade, adaptação e inovação” do Papa às novas tecnologias, porque “há coisas que são inadiáveis e falar de Cristo é inadiável”.
João Duarte reiterou “a coerência desde o primeiro dia”, a tal ponto que “não é possível olhar para o Papa Francisco sem pensar no Bergoglio”, porque desde sempre fez “a sua eleição pelos pobres”, com uma “fé autêntica que implica o desejo de mudar o mundo”.
Outro aspeto referido por João Duarte foi o que próprio lema pontifício que o Papa escolheu – “Olhou-o com misericórdia e escolheu-o” – que mostra que Francisco “se sente olhado com misericórdia, apesar dos seus defeitos”.
Durante a sessão foram ainda percorridos pelo casal alguns documentos entendidos como o programa do pontificado do Papa, em especial as exortações apostólicas Alegria do Evangelho, “onde apresentao seu programa”,e Alegria do Amor, onde fala de “família e de revelação de um Deus Comunhão e Misericórdia”.
Na encíclica Laudato Si`, referiu João Duarte, o Papa “fala a toda a família humana, a quem pede para cuidar o mundo – o cuidado ecológico; e para cuidar do irmão – a fraternidade” e onde pede oração “para semear a paz”. Na encíclica Fratelli Tutti “vemos o desejo intrínseco do Papa por uma ideia e uma imagem do Reino de Deus na Terra, rumo à fraternidade universal”.