Este ano foram os jovens da paróquia, nascidos em 1999 (em 2024 celebram bodas de prata!) prepararam a habitual homenagem ao padroeiro secundário dos Pousos e do Vidigal: o mártir São Sebastião.
Foi há doze meses que tomaram em mãos o Guião (ou Bandeira), respondendo afirmativamente ao convite que lhes foi endereçado. E nos dias 20 e 21 de janeiro, dez audazes jovens nascidos em 1999 lideraram a organização da cerimónia, a procissão, as vendas de sábado e o almoço de domingo.
A dinâmica deste grupo foi apreciada por todos os que se envolveram com eles e que testemunharam a sua execução.
Na cerimónia dominical, também eles quiseram agradecer, da seguinte forma:
“Queremos antes de mais, saudar e agradecer a presença de todos e cada um dos festeiros de S. Sebastião. O vosso contributo, de várias formas, permitiu manter a mais bela tradição, enquanto sinónimo de alegria e união da nossa paróquia.
Gostaríamos de louvar todos os que estiveram envolvidos nas passadas semanas, tendo em vista a concretização deste fim de semana:
agradecemos ao Pe. Luís, que há um ano atrás incentivou a nossa presença para que agarrássemos a bandeira e aceitássemos este desafio;
aos elementos do conselho económico, que se disponibilizaram a reunir connosco para a estruturar um plano de ação, segundo a experiência dos mesmos;
à catequista Alexandra, que hoje não pode estar presente, mas que para além do que nos ajudou quanto aos preparativos deste fim de semana, teve um enorme papel no nosso crescimento e envolvimento na comunidade paroquial, desde que frequentamos a catequese (o seu entusiasmo e apoio tiveram, obviamente, um carácter de grande valor para a reunião dos elementos aqui hoje presentes);
aos nossos familiares e amigos, que se prontificaram em tudo o que foi possível e nos orientaram nas dúvidas e nas dificuldades por nós procurados;
ao nosso patrocinador, Montra Verbal, pela sua contribuição com as peças de roupa que hoje usamos, enquanto representação do nosso grupo;
aos voluntários da comunidade que nos ajudaram nos andores e nos bolos.
Oportunamente iremos apresentar à comunidade o saldo final desta festa, em honra de S. Sebastião. Obrigado a todos, bom domingo e boa festa.”
Diz-se por aí que todos estes festeiros, com esta experiência, estarão prontos para serem novamente festeiros quando tiverem 50 anos!
Dois testemunhos do grupo que nos chegaram:
“Apesar de algumas dificuldades encontradas no início, o balanço foi muito positivo. O esforço dos elementos envolvidos permitiu que tivesse sido uma experiência com dinâmica, uma comunhão entre gerações, com muito gosto pela entreajuda e festejo! Quero acreditar que não é só uma visão interna, mas da comunidade que se juntou”;
“Foram dois dias que souberam a pouco… Foram dois dias de muito trabalho, misturados com muita alegria, união e amizade. Gostei imenso de ter sido festeira. Foi sem dúvida uma experiência a repetir.”
S. Sebastião foi um dos mártires do início da igreja católica. Nasceu cerca de 256 e faleceu (martirizado) em 288. Foi soldado romano e tornou-se chefe da Guarda Pretoriana, a guarda pessoal dos imperadores.
Como tinha um elevado cargo militar, fazia visitas frequentes aos cristãos presos, levando-lhes palavras de ânimo e esperança. Pressionado por intrigas palacianas, o imperador Diocleciano tentou que S. Sebastião renunciasse o cristianismo; mas o seu insucesso provocou que Sebastião de Narbonne fosse condenado à morte, com o corpo amarrado a uma árvore e alvejado com flechas. Não faleceu nessa altura e foi resgatado por algumas mulheres que o conseguiram restabelecer. Após a recuperação continuou a evangelizar, indiferente aos pedidos que lhe faziam para não se expor, e apresentava-se ao imperador para que terminasse com as perseguições e mortes aos cristãos. No ano 288 foi mandado açoitar até à morte.
Na paróquia dos Pousos este santo tem um lugar especial na igreja dos Pousos e na capela do Vidigal.
Em meados do primeiro mês de cada ano costuma-se reservar um fim de semana para o culto e honra deste Santo. A sua festa celebra-se a 20 de janeiro.