Este ano, na Festa de S. Francisco de Assis do Colégio Conciliar de Maria Imaculada, na Cruz da Areia, contemplou-se e cantou-se a Obra da Criação, constantemente recriada por Deus, face à destruição a que é sujeita pela ação humana. Deste modo, convocou-se para este momento celebrativo o desafio urgente de proteger a nossa Casa Comum, como nos aponta o Papa Francisco na Encíclica ‘Laudato si’.

Enquanto se declamava o poema ‘‘E viu o nosso Deus que as coisas eram boas’’, alguns alunos apresentaram à assembleia quadros representativos dos dias da Criação. Estes desenhos foram, no decorrer da Celebração, decalcados numa das paredes dos recreios, a fim de ser construído, até vésperas do Dia do Colégio, 8 de dezembro, um painel representativo da Criação. A pintura e expressão plástica dos quadros ficarão, agora, a cargo de cada uma das 31 turmas, desde a Creche ao 3.º ciclo, podendo-se envolver, nesta atividade, áreas de confluência, na certeza de que, assim, desenvolveremos projetos integrados no currículo das várias disciplinas (Domínios de Autonomia Curricular) para trabalhar as aprendizagens essenciais e, sobretudo, desenvolver as áreas de competência dos Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória.
O grafiteiro e artista plástico Bordalo II poderá servir de inspiração na concretização deste projeto, uma vez que a sua arte é baseada na utilização de resíduos urbanos, segundo o lema «o lixo de um pode ser o tesouro de outro».
Na verdade, Deus confiou ao ser humano a obra começada, no entanto, muitas vezes assistimos ao desfazer daquilo que Deus fez. Está, também, nas nossas mãos, nós que somos uma Escola Católica Franciscana Hospitaleira e uma Eco-Escolas, ter no nosso dia-a-dia comportamentos de proteção e de cuidado para com a nossa Casa Comum.
Assim, interpelados pelo cenário descrito no relato da Criação desfeita, o Antigénesis, em que a vida na Terra ficou a ser, apenas, uma memória do Deus Criador que recolhia a si tudo quanto o Homem desperdiçara, demos graças porque, felizmente, o sonho de Deus persiste, fazendo novas todas as coisas. E, com Francisco de Assis, o irmão universal, unindo-nos a todos os habitantes da Terra, louvámos a Deus, Criador e Pai.
Escrito por Irmã Maria Luciana Monteiro