Há já quase vinte anos que a aldeia remota e desabitada de Drave, no concelho de Arouca, tem vindo a ser reconstruída por escuteiros, tornando-se a Base Nacional dos Caminheiros (escuteiros dos 18 aos 22 anos). O seu funcionamento e manutenção assenta essencialmente no voluntariado, tanto pelo ‘staff’ permanente como por grupos em atividades pontuais, ao longo do ano.
Na passada semana, também Ricardo Maria, Inês Lopes e Diogo Jorge, caminheiros da Região de Leiria-Fátima, participaram no ‘Sol a Sol’, uma atividade anual, de âmbito nacional, cujo objetivo é reconstruir e manter esta aldeia que, face à sua localização, não possui eletricidade, água corrente ou rede de telemóvel.
Para Inês Lopes, que durante o último ano fez parte do ‘staff’ da Drave com Diogo Jorge, ambos do agrupamento da Caranguejeira, “participar num ‘Sol a Sol’ é uma experiência muito intensa, em convívio com pessoas novas que se dedicam ao objetivo comum de trabalhar por um bem maior”. Uma experiência que foi inédita para Ricardo Maria, do agrupamento da Memória.
Recordamos o paralelismo com a Quinta do Escuteiro, da região escutista de Leiria-Fátima, localizada na Batalha, cuja manutenção assenta inteiramente no trabalho voluntário de escuteiros e dirigentes. Cerca de 40 elementos constituem a equipa responsável pelo acolhimento de grupos de escuteiros ou exteriores ao movimento, pela manutenção e expansão das infraestruturas e pela dinamização de atividades. Todos os anos o ‘staff’ é renovado com a entrada e formação de novos membros, de modo a manter a qualidade daquele que foi considerado, no passado ano de 2017, centro escutista de excelência.