A sede do Agrupamento 877 Pousos, da Região de Leiria-Fátima do Corpo Nacional de Escutas, sofreu um incêndio que a destruiu por completo, na madrugada de 30 de julho. Mas está a reagir.
A principal consequência foi a destruição de grande parte do arquivo histórico e documental do agrupamento, bem como dos equipamentos logísticos de apoio às suas atividades, como era o caso dos materiais que estavam preparados para a participação no Acareg, acampamento regional que decorre a partir do próximo dia 6 de agosto, na Quinta do Escuteiro, na Batalha.
“As causas do incêndio são até ao momento desconhecidas e estão sob investigação policial”, refere um comunicado do agrupamento, no dia seguinte à tragédia. A chefe Ana Isabel Lopes comentava que, enquanto se aguarda o resultado das investigações, “o Agrupamento 877 Pousos mantém-se fiel aos ideais do fundador e do escutismo católico e revê aí o seu futuro, com desmesurado empenho e confiança”, adiantando que “juntos (dirigentes, escuteiros, antigos escuteiros, familiares e comunidade) superaremos as dificuldades e consolidaremos o que nos une”.
Uma das decisões tomadas desde logo foi a de manter a participação dos 80 elementos já inscritos no Acareg, “apesar da precaridade que esta tragédia nos provoca”.
Onda de solidariedade e “mãos à obra”
De imediato surgiram várias manifestações de solidariedade. A Diocese de Leiria-Fátima, através de mensagem do vigário-geral, padre Jorge Guarda, manifestou “pesar pelo incêndio que destruiu as instalações do vosso agrupamento e uma viva solidariedade”. Em nome do Bispo diocesano, o vigário geral afirmava a confiança na “solidariedade concreta de muitos outros agrupamentos, dos escuteiros e de outras pessoas e instituições, não apenas para as necessidades imediatas, mas igualmente para poderdes recuperar a vossa sede e prosseguir o vosso empenho na vivência do espírito, dos valores e do método escutista para bem da sociedade e dos membros do CNE”.
De facto, é isso que tem acontecido. “A Junta Regional e os demais agrupamentos da região asseguraram a cedência de material, de modo a que o agrupamento pudesse participar no Acareg”, refere a Região de Leiria-Fátima em comunicado.
Segundo informação enviada pela paróquia, “em 36 horas”, o Agrupamento já montou alguns contentores que funcionarão como instalações alternativas, “mercê de uma parceria que juntou um empresário residente na freguesia, a direção do Agrupamento e a paróquia. “Esta é uma reação consequente aos trabalhos que a totalidade dos dirigentes do Agrupamento iniciou” e que motivou a especial dedicação do Conselho Paroquial para os Assuntos Económicos. Posteriormente, também a Diocese comunicou que iria fazer um donativo financeiro para ajuda à recuperação da sede do agrupamento.
O Agrupamento “agradece todas as manifestações de solidariedade, oriundas quer de Instituições, quer de outros Agrupamentos da Região, empresas, amigos ou familiares e vizinhos, bem como as cedências de equipamentos já manifestadas”. Mas dá, também, um sinal claro de não se deixar abater pelo desaire e de lançar “mãos à obra” para continuar a sua atividade regular.