“Pelo sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos”.
Este é um excerto do poema de Sebastião da Gama ouvido na abertura de atividades, e que voltámos a lembrar nesta celebração em que festejamos os 32 anos de filiação do Agrupamento 877 no Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português. Sonhar foi o que fizeram alguns jovens dos Pousos na longínqua década de 1980; sonhar foi o que os levou a trabalhar e a fundar o agrupamento de escuteiros nos Pousos.
Este é um ano diferente em que o escutismo é vivido de forma distinta pelas contingências da pandemia que vivemos e que nos impediram de continuar a reconstrução da nossa sede. É também um ano marcado por mais um desafio lançado pela destruição da Casa do Guarda neste verão.
Mas “pelo sonho é que vamos” e nós acreditamos que juntos podemos continuar a sonhar e que a nossa casa será reconstruída num futuro próximo e voltará a receber o agrupamento 877.
Este foi também um momento importante em que o crescimento foi também a nível humano; nesta celebração recebemos uma caminheira no nosso clã – a Daniela – que, devido à pandemia, só agora realizou a sua promessa. Recebemos também dois novos dirigentes, a Ana e o Nuno. Eles já estavam com o Agrupamento nos últimos três anos enquanto realizaram a sua formação. Concluíram esse percurso com a realização da sua promessa no último sábado, dia 31 de outubro.
“Pelo sonho é que vamos” podia também ser uma frase de Carlo Acutis, jovem recentemente elevado a beato e figura escolhida pelo CNE como modelo de vida que vamos seguir neste ano escutista.
Sonhar é o que nos leva a caminhar em frente e a crescer; é isso que queremos para todos. Num momento difícil, em que todos temos receios, dúvidas ou questões, a fé e a capacidade de acreditar e seguir em frente para concretizar sonhos deve ser ainda mais forte. Sonhar é fundamental; a vida segue guiada pelo sonho, com fé e confiança que tudo voltará a ficar bem.