Para o caminho da Maceira-Lis, ou o bairro da cimenteira, como era divulgado no cartaz, tive de me socorrer do Google Maps para localizar a igreja do sítio. Era a capela de Nossa Senhora de Fátima, e o gps fez questão de m’o informar. Não era normal escolher um pequeno centro de culto, bem longe das periferias da grande cidade que dava o nome à vigararia a quem coube acolher o segundo encontro vicarial de oração para jovens. A Marinha Grande quis assim, e em boa hora o fez, talvez em resposta aos sucessivos desafios do Papa para se sair do sofá.

Encontrado rapidamente o local, já se percebiam movimentações. À entrada, cá fora, já se percebia um pequeno grupo de jovens a acolher e encaminhar os que chegavam. No dia 25 de janeiro, eu fazia parte das 80 pessoas, sobretudo jovens, que iriam participar no segundo encontro vicarial, com a participação do D. António Marto.
A música que convida e predispõe
Como o primeiro, começou com música, muita música, calma, suave e serena. Enchia o espaço e predispunha os presentes para aquela hora de oração. Acompanhada com os instrumentos que uma pequena banda, ligada ao percurso Alpha, executava a dar o tom à sessão. Os habituais bancos junto ao altar tinham sido afastados para os participantes se sentarem no chão, em cima de mantas e cobertores. Aos mais velhos, adultos a quem as articulações impediam o ensejo da postura dos mais novos, estavam reservados alguns bancos. Ouvia-se…
Inunda este lugar, enche-me com amor, amor que envolve. Eu venho só por Ti para encontrar o Teu amor, amor que envolve. Espírito vem, vem ao meu ser. Preciso de ti… Vale mais um dia em Teus átrios, que mil em minha casa…

A imagem para que todos olham
À música seguiu-se a explicação do ícone que, em ponto estratégico e com a iluminação que se destacava na penumbra do espaço, obrigava a que todos os olhares lhe fossem dirigidos. Começava assim:
Voltemos agora o nosso olhar para o “Ícone da Amizade”, este quadro que temos diante de nós, representando duas pessoas. Chama-se “Ícone da amizade” ou “Ícone do abraço”. Quem está do lado direito é Cristo ressuscitado, que se pode identificar pela auréola com uma cruz que rodeia a sua cabeça. Ele carrega consigo o Livro da Vida.
O centro da celebração é a leitura de um trecho do livro do Apocalipse. E é a partir dela que o Cardeal faz a sua primeira intervenção, explicando toda a carga simbólica imanente ao texto, que fala de voz forte… chama de fogo… e o gesto de pôr a mão no ombro, como mostrava o ícone do abraço.

“O projeto que Jesus tem para cada um, tem de ser cada um a descobrir… e não vem por sms nem por email”, explicava o prelado à audiência. Em causa estava a atração pela mensagem de Jesus Cristo, e deixar-se confiar n’Ele. E terminava com uma frase que todos repetiram: “se o coração não arde, os pés não andam”.
O encontro continuou com mais música, no mesmo tom com que tinha começado. Ao irem embora, alguns para casa, mas a maior parte deles para uma breve ceia e convívio na Casa do Pessoal da Maceira, todos levaram um recordação: uma pequena lamparina num copo de vidro. E lia-se nela a frase do Apocalipse: “Não tenhas medo!”.

PRÓXIMOS ENCONTROS
Vigararia dos Milagres
31.Janeiro 2020 Sexta-feira | 21:30 Bidoeira
Vigararia da Batalha
07.Fevereiro 2020 Sexta-feira | 21:30 Igreja da Amieira (a seguir à ponte do Boutaca)
Vigararia das Colmeias
08.Fevereiro 2020 Sábado | 21:00 Colmeias
Vigararia de Monte Real
15.Fevereiro 2020 Sábado | 21:00 Igreja do Coimbrão
Vigararia de Ourém
28.Fevereiro 2020 Sexta-feira | 21:00 Igreja do Olival
Vigararia de Fátima
13.Março 2020 Sexta-feira | 21:30 Salão Paroquial de Sta Catarina da Serra
Vigararia de Porto de Mós
14.Março 2020 Sábado | 21:00
Galeria de fotos: https://is.gd/wYWClK