Em encontro de colaboradores da cúria, D. António Marto sublinha o papel da mulher na Igreja

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Em cada início de ano pastoral, o Bispo de Leiria-Fátima faz questão de convidar os colaboradores da cúria diocesana para um encontro celebrativo e de convívio. Assim aconteceu na passada sexta-feira, com a promoção do papel da mulher na Igreja a ser uma das mensagens mais incisivas de D. António Marto.

 

 

 

Cerca de meia centena de pessoas participaram no encontro de colaboradores da cúria da Diocese de Leiria-Fátima, no passado dia 16 de setembro, no Centro Pastoral Diocesano. São leigos, religiosos e padres que trabalham diariamente nos diversos departamentos administrativos e pastorais desta Igreja particular, tanto na sua coordenação central como no apoio às paróquias e comunidades que a constituem. O convite parte, anualmente, do Bispo da Diocese, que aproveita o início do ano pastoral para agradecer o trabalho desenvolvido e incentivar o empenho de todos. “Não como quem serve uma empresa, mas como quem se sente colaborador na missão da vinha do Senhor”, como referiu uma vez mais.

Discípulas de Jesus

O encontro começou com a celebração da Eucaristia, onde D. António Marto quis sublinhar a importância de se promover o papel da mulher na Igreja. A partir do Evangelho do dia, que apresentava Jesus a pregar “por cidades e aldeias” com os seus discípulos e “algumas mulheres”, o Pastor lembrou que também elas foram convidadas a seguir o Senhor e a “fazer uma nova experiência de vida com Ele”, depois de terem sido acolhidas e libertas de “histórias de vida marcadas pelo drama e pela dor”. E “também elas estiveram nos principais momentos bíblicos da vida de Cristo e na história da Igreja nascente”.

“Jesus aceitou discípulas, coisa revolucionária e inimaginável num tempo em que a mulher era remetida ao anonimato e à insignificância social”, continuou D. António, defendendo que ainda hoje há caminho a fazer neste campo. Na linha do que tem afirmado e mostrado o Papa Francisco, “devemos estar abertos a este apelo de promoção da mulher na vida da Igreja, certos de que Deus há de conduzir-nos, por caminhos por vezes insuspeitos”.

Casa de misericórdia

Numa outra linha, o Bispo diocesano lembrou a proximidade do final do Ano da Misericórdia e pediu a todos que “façamos da nossa Igreja casa de misericórdia, onde todos se sentem acolhidos, escutados, perdoados e encorajados a caminhar”.

Resumindo a ação da cúria diocesana nos quatro verbos “acolher, acompanhar, discernir e integrar”, D. António frisou a importância de cada um dos seus colaboradores “ter o coração aberto a quem procura os diversos serviços da administração e da pastoral diocesana”.

2016-09-20 colaboradores2Novo diretor do Serviço de Animação Missionária

A celebração foi ainda marcada pela tomada de posse do novo diretor do Serviço de Animação Missionária, padre Joaquim Domingos Luís, da Congregação dos Missionários do Verbo Divino.

Na ocasião, D. António Marto agradeceu a disponibilidade do nomeado e da sua congregação para colaborarem com este sector da pastoral diocesana e o padre Joaquim Luís manifestou-se grato pela missão que lhe foi confiada e empenhado em cumpri-la da melhor forma.

 

2016-09-20 colaboradores3Homenagem ao ex-chanceler cónego Américo Ferreira

O encontro continuou em ambiente de convívio, num almoço oferecido a todos. No final, foi prestada uma singela, mas sentida, homenagem ao cónego Américo Ferreira, que desempenhou nas últimas duas décadas as funções de chanceler da Câmara Eclesiástica. “Dedicado ao serviço com fidelidade e empenho, deixou em todos os colegas uma marca de estima, pela ternura com que todos acolhia e servia”, considerou D. António Marto. Num trabalho marcadamente burocrático, “não se deixou prender aos papéis e às leis, mas privilegiou sempre uma relação pessoal rica com todos”. Além disso, “ainda encontrou tempo para colaborar nas tarefas pastorais das comunidades que lho solicitaram e dedicar-se à cultura, à investigação e à escrita, nomeadamente, no campo da museologia e história diocesanas”, lembrou o Bispo.

Após receber de presente uma expressiva imagem de Maria com Jesus ao colo, o padre Américo apenas quis dizer: “Não tenho mérito nenhum. Tudo o que fiz, recebi de Deus para fazer. Tudo o que faço é d’Ele. Da minha parte, só gratidão”.

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