“É a hora dos cursilhos”, aponta V Ultreia Mundial

Decorreu de 4 a 6 de maio, em Fátima, a V Ultreia Mundial do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, onde participaram vários membros do Movimento na Diocese de Leiria-Fátima.

Com início na tarde do dia 4, com a Eucaristia que assinalava o centenário do nascimento de Eduardo Bonnín, teve o seu ponto alto com a ultreia de 6 de maio, que reuniu na Basílica da Santíssima Trindade cerca de 9000 cursilhistas oriundos de 40 países. Ainda que diferentes na cultura, na língua, nos usos e costumes, nas tradições, todos estiveram unidos naquilo que os juntou ali: o amor a Cristo e aos Cursilhos.

Foram muitas as emoções vividas, que, impossíveis de serem traduzidas em palavras, apenas podiam ser sentidas por quem viveu e acompanhou estes dias de cor e amizade, em ambiente verdadeiramente “decolores”, palavra que aliás era o cumprimento entre todos os que se cruzavam naqueles dias em Fátima.

Os trabalhos que se realizaram nos dias 5 e 6 permitiram, através de testemunhos dos que com ele tiveram a graça de privar, conhecer melhor a figura de Eduardo Bonnín e a sua ação como grande obreiro dos Cursilhos. Eduardo dizia: “Todos somos discípulos. Todos somos eternamente aprendizes de um único maestro e temos que ir aos ambientes e à casa daqueles que não conhecem Deus. É aí que temos que dar testemunho, porque todas as ovelhas que não vêm à Igreja não deixam de pertencer a este rebanho”. Para ele, “o Cristo vivo que nos oferece a Igreja é a nossa motivação”.

Não é comum um movimento de Igreja juntar tantos seguidores de todo o mundo, unidos na mesma causa, o amor a Cristo e aos homens, sinal de que os Cursilhos de Cristandade movem e removem, evangelizam os ambientes, transformam muitas pessoas. Este facto não deve ter passado despercebido aos sacerdotes e bispos que quiseram mostrar a sua solidariedade, marcando a sua presença nesta ultreia mundial.

Na Eucaristia do dia 5, pelas 19h00, e na recitação do Rosário e procissão de velas, pelas 21h30, esteve também presente o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, que acompanhou o cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para a Vida Religiosa e os Institutos de Vida Consagrada, enviado especial do Papa Francisco para esta V Ultreia Mundial. Através dele, o Papa Francisco dirigiu-se a todos os cursilhistas salientando que “vocês foram chamados a testemunhar o carisma que o Senhor vos confiou”.

2017-05-09 ultreia1

O dia 6 foi marcado pela ultreia antecedida pela consagração do MCC a Nossa Senhora de Fátima, numa emotiva cerimónia na Capelinha das Aparições. Na ultreia, foi marcante a presença e o testemunho de D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, que deixou uma extraordinária mensagem de esperança para a continuidade do trabalho de evangelização dos ambientes, começando por se dirigir a todos os cursilhistas presentes dizendo: “Creio que os Cursilhos de Cristandade, em boa hora lançados por grandes figuras eclesiais do século XX, como Eduardo Bonnín, Sebastián Gayá e monsenhor Juan Hervás, foram e continuam a ser um magnífico exemplo do que havia para fazer nesse sentido e realmente se fez, mesmo antes de São João Paulo II ter feito dela – a Nova Evangelização – a mais urgente e atual das exigências apostólicas.”

Deixando bem clara a relação entre Cursilhos e Nova Evangelização, terminou a sua intervenção adiantando que “é neste sentido que os Cursilhos têm uma contribuição muito especial a dar neste momento pastoral difícil que a Igreja enfrenta, isto é, para a reconfiguração comunitária da experiência cristã numa sociedade tão dispersa e anónima como pode ser a atual. Antes, durante e depois de cada Cursilho, o envolvimento da comunidade cristã e dos seus pastores tem de ser reforçado, para garantir que uma experiência eclesial tão intensa não se dilua, antes reforce, a partir do «quarto dia»”.

A ausência de sacerdotes da nossa diocese, que era a anfitriã, contrastando com as dezenas de sacerdotes presentes de outros pontos do País e do mundo, foi o lado amargo que ficou deste momento único, que tão cedo Portugal não voltará a viver. Apenas esteve presente o padre Alcides Neves, diretor espiritual do MCC na Diocese.

Mas mesmo assim, os cursilhistas da Diocese continuarão a ser peças fundamentais e indispensáveis no apoio à atividade paroquial e aos seus párocos, saindo desta ultreia mundial fortalecidos pelo estímulo e motivação deixados pela hierarquia da Igreja ali presente.

Estrela Neiva – Secretariado Diocesano do MCC

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