Dia Mundial dos Pobres: O desafio a “clamar, responder e libertar”

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No final do Ano da Misericórdia, face ao escândalo de uma pobreza em crescimento, o Papa Francisco instituiu o Dia Mundial dos Pobres, a celebrar anualmente no XXXIII Domingo do Tempo Comum, que este ano ocorrerá a 18 de novembro.

O objetivo é ajudar “as comunidades e cada batizado a refletir sobre como a pobreza está no coração do Evangelho” e a tomar consciência de que “enquanto um pobre jaz à porta da nossa casa, não poderá haver justiça nem paz social”.

Luís Miguel Ferraz

 

Na linha do que aconteceu no ano passado, o Bispo de Leiria-Fátima lançou o desafio a que os diversos serviços diocesanos a as comunidades “identifiquem e tomem iniciativas oportunas para concretizar” este objetivo. Segundo nota enviada pelo vigário geral, deverá juntar-se à oração “o discernimento das situações e a prática oportuna não só para auxiliar e aliviar quem se encontra em qualquer das formas de pobreza, mas também para tomar iniciativas adequadas para combater a pobreza injusta e crónica na sociedade atual e nas nossas próprias comunidades”.

Esse trabalho deverá ser realizado “em colaboração com aqueles que têm conhecimentos e experiência por estarem no terreno, em contacto com as pessoas, famílias e grupos em situação de pobreza material, social, cultural e espiritual”.

 

O tema deste ano

“Este pobre clama e o Senhor o escuta” (Sl 34, 7) é a afirmação que abre a Mensagem do Papa Francisco para este 2.º Dia Mundial dos Pobres. Uma mensagem que se desenvolve à volta de três verbos: clamar, responder e libertar.

Exortando cada cristão e cada comunidade a “ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres”, o Papa convida também ao reconhecimento de todas as outras formas de ajuda e solidariedade com que a comunidade cristã é convidada a dialogar: “Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade que se propõem, em parte, os mesmos objetivos; desde que não transcuremos aquilo que nos é próprio, ou seja, conduzir todos a Deus e à santidade. Uma resposta adequada e plenamente evangélica, que podemos realizar, é o diálogo entre as diversas experiências e a humildade de prestar a nossa colaboração, sem qualquer espécie de protagonismo”.

 

Proposta para a catequese

O Serviço Diocesano de Catequese disponibiliza uma proposta para fomentar a vivência deste Dia Mundial dos Pobres por parte das crianças e adolescentes e suas famílias, procurando promover a interação entre a catequese e os serviços caritativos das paróquias ou de outras instituições, começando também a preparar para a vivência da Campanha de Advento.

Esta proposta desenvolve-se em dois tempos: no domingo 18 de novembro, faz-se a sensibilização e lança-se o desafio a assumir um projeto concreto na comunidade; no domingo seguinte, 25 de novembro, faz-se a recolha das ofertas para os pobres e sua entrega aos serviços caritativos e o lançamento da campanha para o Advento.

 

No Santuário de Fátima

O Santuário de Fátima vai associar-se à iniciativa promovendo a Primeira Peregrinação do Dia Mundial dos Pobres. Para tal, como no Vaticano o Papa convida os pobres para almoçar, o Santuário convidou um grupo de 50 utentes da Cáritas de Vila Real a vir em peregrinação, aos quais pagará a deslocação e refeições. Nos próximos anos, a iniciativa será repetida sempre com instituições de diferentes dioceses portuguesas.

O programa começa pelas 10h45, com o acolhimento do grupo à entrada da Basílica da Santíssima Trindade, seguindo-se a Missa e o almoço. Pelas 14h30, será feita uma visita guiada e a despedida será às 15h30, na Capelinha das Aparições.

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