No domingo 22 de novembro, no salão da Quinta da Matinha, a paróquia de São Tiago de Marrazes celebrou o “Dia da Comunidade Paroquial”, com uma centena de paroquianos dos sete centros de culto.
Na ocasião, o pároco, padre Augusto Gonçalves, reforçou a importância da partilha entre movimentos, serviços e pessoas da comunidade e lembrou que a fé é o elo que une uma paróquia.
Em apresentação vídeo, alguns catequistas da paróquia respondiam a perguntas sobre o lugar de Nossa Senhora na sua vida e as suas devoções. As respostas eram que Maria tinha um lugar especial nos seus corações, uma Mãe protetora, uma Mãe do Céu e um exemplo de amor, carinho e fé. A oração surge mais nos momentos atribulados, mas também na peregrinação ao Santuário de Fátima e no dia-a-dia de trabalho ou em casa.
Estava assim dado o mote do encontro e aberto o debate sobre Nossa Senhora, com a participação do Movimento da Mensagem de Fátima e da irmã Ângela Coelho, postuladora da causa da canonização dos beatos Jacinta e Francisco e vice-postuladora da canonização da irmã Lúcia. A oradora começou por lembrar o privilégio geográfico da Diocese de Leiria-Fátima em relação às Aparições e frisou a centralidade de Deus na mensagem que ela transmitiu aos Pastorinhos: “Toda a experiência mística que os pastorinhos fazem de Deus é através das mãos de Maria, dado que ela tem uma relação única e essencial com a Santíssima Trindade e tem a missão especial, no Povo de Deus, de nos iniciar na relação com Deus”.
Apesar das Aparições terem ocorrido em 1917, “Nossa Senhora continua a ser a Serva do Senhor e tudo o que nós lhe pedimos, ela envia ao seu Filho Jesus, pois Ele é que é o Senhor”, referiu a irmã Ângela, sublinhando que 90% dos peregrinos visitam Fátima para receber ou agradecer alguma consolação que tiveram, mas “poucos agem como Lúcia”, fazendo a pergunta “o que é que vossemecê me quer?”.
Citando a frase bíblica “Maria conservava todas essas coisas, meditando-as no seu coração”, a oradora defendeu que “devemos muitas vezes fazer o mesmo, quando sentimos que falhámos, que perdemos, que errámos, que fizemos asneira ou que algo de injusto nos aconteceu, que conservemos no nosso coração” para “mais à frente podermos entender e perceber”.
O encontro terminou com um lanche partilhado e as palavras do pároco para que os presentes saíssem “com coragem, força e sentido de união para levar a vida a bom porto, sempre na companhia de Jesus e Maria”.