Em Dublin, no Phoenix Park, um dos locais mais movimentados durante o verão, tudo se prepara para receber meio milhão de pessoas na Missa a que o Papa vai presidir, a 26 de agosto. A celebração assinala o encerramento do Encontro Mundial das Famílias, que a capital irlandesa está a acolher desde 21 de agosto.
Um grupo de pessoas da Diocese de Leiria-Fátima irá participar nesse encontro. A esse propósito, publicamos o editorial assinado pelo padre José Augusto Rodrigues no Presente desta semana:
O Evangelho da Família: Alegria para o mundo
Ousar partir em família, celebrar como família, testemunhar ser família! É isto que 40 pessoas da nossa diocese –11 famílias e 1 sacerdote – vão experimentar com a sua participação no IX Encontro Mundial das Famílias, em Dublin, Irlanda. Famílias completas, algumas com filhos pequenos, outras com eles já jovens adultos, aceitaram o desafio de fazer as malas e partir. Além da participação no congresso, no festival das famílias e na missa de encerramento com a presença do Papa Francisco, uma das experiências fortes será a estadia em famílias de acolhimento. São portas e corações que se abrem para acolher famílias de 2, 3, 4 ou 5 elementos. Ainda em Portugal e já começaram os contactos com trocas de emails, informações, fotos, etc. O entusiasmo já demonstrado em quem vai acolher derruba qualquer receio mais renitente em quem vai ser acolhido.
O Papa Francisco, ao convidar as famílias para o encontro em Dublin, desafiava-as a testemunhar a alegria. Dizia ele: “Seria possível questionar-se: o Evangelho continua a ser alegria para o mundo? E mais ainda: a família continua a ser uma boa notícia para o mundo de hoje? Estou convicto que sim! E este «sim» encontra-se firmemente fundado no desígnio de Deus. O amor de Deus é o seu «sim» à criação inteira e ao seu âmago, que é o homem. Trata-se do «sim» de Deus à união entre o homem e a mulher, em abertura e ao serviço da vida em todas as suas fases; é o «sim» e o compromisso de Deus a favor de uma humanidade muitas vezes ferida, maltratada e dominada pela falta de amor. Por conseguinte, a família é o «sim» do Deus Amor. Somente a partir do amor a família pode manifestar, propagar e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não podemos viver como filhos de Deus, nem como cônjuges, pais e irmãos.”
À ida, as malas já vão cheias! Mas, no regresso, virão a abarrotar de experiências e partilhas, de rostos e amizades, de fé e certeza de que ser família é dom de Deus, fonte de felicidade para todos e alicerce seguro na construção de uma sociedade mais humana.
P. José Augusto Rodrigues
