Segundo a organização, cerca de 3.500 pessoas terão participado na Missa de encerramento da Festa da Fé. Na verdade, o número pouco importa para os que tiveram a oportunidade de experimentar “ao vivo” o ambiente e o espírito desta celebração e de todo o decurso deste evento, desde a noite de sexta-feira até cerca das 20h00 de domingo. “Como é bela esta minha Igreja, esta nossa Igreja!”, bradou o Bispo Diocesano na despedida, na Sé. E o templo apinhado de rostos felizes irrompeu num sonoro aplauso de concordância. Estava tudo dito. Cumpriu-se a festa.
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O dia abriu com a chegada de cerca de 800 adolescentes do 8.º ao 10.º ano e mais de 200 catequistas e acompanhantes, que percorreram os principais edifícios diocesanos e outros pontos da cidade, investigando a riqueza histórica desta Igreja e da sociedade em que vive. A Festa dos Carismas, o Mapa Gigante da Diocese e outros espaços permanentes da festa foram, como é óbvio, de passagem obrigatória.
Ao início da tarde, o Jubileu das Vocações juntou 56 casais, 2 religiosas, 2 leigas consagradas e 4 padres que neste ano celebram os 25, 50 ou 60 anos de fidelidade à sua vocação. Partilharam-se testemunhos de vida, histórias de diferentes caminhos que têm como ponto comum o amor e a dedicação oferecida aos outros e alimentada pela graça de Deus.
Todos estes os grupos se juntaram às muitas centenas de fiéis que encheram a praça da República, para a Missa de encerramento, presidida por D. António Marto. “Foram belos estes dias e é bela esta celebração”, referiu o Bispo diocesano, sublinhando a beleza da moldura humana que observava, num colorido diversificado de origens, carismas e vocações.
Sublinhando a importância de descobrir juntos “como ser Igreja missionária neste século XXI”, partiu das leituras deste domingo para lembrar que o Reino de Deus é semente lançada ao mundo e que o seu nascimento e crescimento é “sobretudo uma obra de Deus, da qual somos colaboradores”. Defendendo que “este tempo difícil, de mudança de época” é “mais tempo de sementeira do que de colheita”. Poderá não ser fácil e “poderemos não ser nós a ver os frutos”, mas há que lançar mãos ao trabalho, sobretudo na construção de relações de proximidade, de gestos concretos de amor e de misericórdia, “sobretudo junto dos corações feridos”. Um último desafio: “não esquecer o encanto das coisas simples e belas”, como um sorriso, uma presença amiga, uma mão estendida.
No final, a procissão para a Sé foi longa, acompanhada pelos dois padroeiros diocesanos, representados pelo ícone de Santo Agostinho e pela imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Caxarias, a primeira paróquia da Diocese que a adotou como padroeira, em 1949.
Diante dessa imagem se fez a consagração a Nossa Senhora, numa Catedral transformada em formigueiro humano. O essencial do ambiente foi o que referimos a abrir este texto.
Muitas centenas de pessoas voltaram, ainda, à praça Paulo VI, para um último momento desta Festa da Fé: a geminação entre paróquias. Escolhidas por sorteio, duas a duas assinaram o documento que oficializou o compromisso de continuarem a desenvolver este espírito de festa e união em Igreja diocesana. Começaram por levar as maquetes das igrejas paroquiais trocadas em si, para motivar futuros encontros, celebrações e o mais que a imaginação vier a suscitar, nos próximos meses.
A festa, portanto, continuará!
Quanto ao que se passou neste fim de semana, publicaremos nos próximos dias mais alguns pormenores dos momentos mais significativos e do que neles se disse e viveu…
Luís Miguel Ferraz