Começou bem cedo esta festa do Corpo de Deus para 215 crianças do 3.º ano, acompanhadas por 70 catequistas e pais, vindas de 17 paróquias da Diocese.
A concentração foi ao início da manhã, junto ao palco onde os “discípulos” acolheram o desafio de Jesus, que “apareceu” em palco para enviar as crianças a preparar a ceia que queria comer com elas.
Organizados em 29 grupos, todos partiram à procura dos 10 postos onde poderiam descobrir uma dimensão da Eucaristia: acolhimento, perdão, oração, escuta, partilha, doação, paz, comunhão, agradecimento, envio e missão. Em cada posto, um autocolante colorido ia completando o “missal” que usariam para acompanhar a celebração à tarde e levariam para usar posteriormente nas Missas das suas comunidades.
Entretanto, chegava o momento da Ceia e era tempo de voltar e cear com Jesus, de volta ao Jardim de Santo Agostinho, juntando-se aos milhares de diocesanos que vieram celebrar com o Bispo esta Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo.
As crianças ocuparam o seu lugar na assembleia e foram os interlocutores privilegiados do Bispo diocesano durante a Missa. Na homilia, D. António Marto dirigiu-se em primeiro lugar aos seus “amiguitos e amiguitas”, lembrando o mote da atividade dessa manhã e explicando o que significa “cear com Jesus”. “Na ceia da despedida, o alimento que Jesus nos oferece é diferente dos outros e das outras refeições; oferece-Se a Si mesmo com todo o seu amor”, disse. No sinal do pão, “simples, mas belo e significativo”, Jesus diz-nos que “é para nós Pão da Vida, alimento que sustenta e fortalece a nossa vida espiritualmente”. Por isso devemos perguntar-nos “Como vivo a celebração da Eucaristia dominical: participo com gosto pela amizade de Jesus? Vivo a santa Missa como um momento de verdadeira comunhão com o Senhor Jesus?”.
O pão da Eucaristia alimenta a fome do mundo, nomeadamente, “a fome de amor, de acolhimento fraterno, de compreensão, de partilha de perdão, a fome de trabalho, de justiça, de solidariedade, a fome de sentido para a vida, de felicidade, de ânsia dum mundo novo, mas sobretudo a fome de Deus, do seu amor misericordioso e de oração comunitária”, continuou D. António Marto. E deixou nova pergunta: “Como vivo a celebração da Eucaristia: de modo isolado, anónimo, indiferente aos outros ou como momento de encontro, de comunhão e de partilha com os irmãos?”
Num terceiro ponto, o Bispo diocesano frisou que a comunhão em Cristo traz consigo a responsabilidade de o levar aos outros como “bênção do seu amor ao mundo”. “Queremos que as nossas ruas sejam também as ruas por onde Cristo passa; que as nossas casas sejam casas onde Ele tenha lugar; que a nossa vida de cada dia seja tocada pela sua presença.”, referiu.
No final da celebração, as crianças voltaram a ter protaginismo, ao cantarem com alegria: “Sou de Cristo, sou feliz!”. Depois, integraram-se, com os restantes fiéis na procissão.
LMF, com P. José Henrique
Foto-legenda
“Foram sete as crianças da paróquia do Souto da Carpalhosa que, neste dia de Corpo de Deus, abriram os seus corações e aceitaram o desafio “Vamos Cear com Jesus”. Descobrindo aos poucos como fazer a Ceia do Senhor, estas crianças acabaram por encontrar Jesus Escondido através das várias atividades que lhes foram proporcionadas durante o dia. Durante a celebração da Eucaristia, não conseguiram esconder a alegria que é ser feliz, ser de Cristo!” – Testemunho enviado ao PRESENTE.