Com o verão à vista, época de pausa nas principais atividades pastorais, é tempo de fazer balanço do trabalho feito e preparar o lançamento do próximo ano, a iniciar em outubro. Com esta perspetiva em agenda, decorreram nos dias 3 e 4 de junho, respetivamente, uma sessão do Conselho Presbiteral Diocesano e uma reunião dos vigários da vara, ambas presididas pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
Na última sessão do Conselho Presbiteral, dia 3 de junho, foi afirmado que “a temática da família foi difundida e trabalhada, mas não são ainda evidentes os efeitos desse trabalho”, refere o vigário geral, padre Jorge Guarda. Os principais pontos positivos apontados foram a constituição da equipa diocesana de pastoral pré-matrimonial e de algumas equipas de pastoral familiar paroquiais e vicariais, bem como os encontros realizados com o Bispo em cada uma das vigararias. Aqui, apenas a nota menos positiva da participação de “menos casais jovens do que o desejável”.
Em relação ao próximo ano, o segundo do biénio dedicado ao tema da família, há que intensificar esse trabalho e procurar algumas vias de concretização da reflexão efetuada. Sugeriram-se exemplos, como “criar um espaço ou serviço diocesano para apoio a famílias em dificuldade”, “esperar as conclusões do Sínodo dos Bispos, em Roma, sobre este tema, para avançar com iniciativas concretas de acolhimento a situações irregulares”, “adaptar a pedagogia dos convívios fraternos para os adolescentes pós-crisma”, “preparar a festa da família em fases paroquiais e vicariais” ou “valorizar os oratórios e coros da Sagrada Família com propostas de oração e formação”.
Os membros deste conselho consideram que, após o biénio concluído, é de esperar que a equipa diocesana de pastoral pré-matrimonial dê continuidade ao trabalho de formação de adolescentes e jovens, que fiquem implementadas iniciativas para estas idades, em ligação com as catequeses, sobre afetividade, sexualidade e matrimónio, e que haja uma maior articulação entre os diversos serviços da Diocese nesta área da pastoral pré-matrimonial e da família.
Vigários dão nota positiva
No dia seguinte, foi a vez dos responsáveis por cada uma das nove vigararias da Diocese avaliarem o decurso do ano pastoral, nomeadamente, algumas iniciativas em que estiveram particularmente envolvidos, como a peregrinação diocesana, o retiro popular ou os encontros vicariais. Embora com diversos níveis de participação e com alguns pormenores a melhorar no futuro, a apreciação geral foi positiva quanto aos materiais e programas propostos e quanto à participação dos fiéis.
Para o próximo ano, sugeriram-se algumas perspetivas novas de abordagem do tema da família, tais como “escola de cidadania e valores”, “lugar de educação para os afetos e para a vida”, “santuário de virtudes humanas e cristãs”, “espaço de relações intergeracionais”, “prevenção e terapia de fragilidades familiares”, “a relação com o lazer”, a questão da natalidade, entre outras citadas ao jornal PRESENTE pelo vigário geral. E apontaram-se algumas iniciativas concretas a desenvolver a nível paroquial e vicarial, como encontros e retiros de casais, melhor preparação do Matrimónio e do Batismo, maior valorização dos dias festivos e de iniciativas comunitárias pensadas para o envolvimento de todos os membros das famílias.
Bispo oferece pistas para o próximo ano e apresenta festa da família
Em ambos os encontros, partindo das análises e sugestões partilhadas, D. António Marto fez a sua própria avaliação e indicou algumas orientações para o próximo ano.
“A urgência pastoral neste primeiro ano do biénio foi a preparação espiritual para o sacramento do Matrimónio, tanto a preparação próxima para a celebração, como a remota na educação para os afetos, a sexualidade e o verdadeiro sentido do amor conjugal”, referiu o Bispo em declarações ao PRESENTE. Por isso, pediu aos padres que “tornem as famílias sujeitos de pastoral e não apenas objetos ou destinatários, pois são elas que deverão estar na vanguarda da pastoral familiar, com um raio de ação muito mais vasto do que o dos padres”.
Na mesma linha, indicou que o próximo ano será “voltado para missão pública da família, para o papel social e eclesial que é chamada a desempenhar na construção e bom funcionamento da sociedade e da Igreja”.
Por fim, anunciou que o biénio irá terminar com uma grande Festa da Família, a realizar a 17 de maio de 2015, domingo da Ascensão, na Marinha Grande. Para o bom fruto dessa iniciativa, pediu, desde logo, o empenhamento dos padres na motivação e envolvimento de todas as comunidades e fiéis na sua preparação e posterior realização.