Cerca de sete dezenas de pessoas responderam ao convite da Comissão da Igreja da Golpilheira, na paróquia da Batalha, para uma assembleia da comunidade cristã local, realizada no passado dia 27 de Julho. O objetivo geral era “procurar caminhos de melhoria das condições de celebração da fé e de maior união entre todos os cristãos desta freguesia civil”.
O tema central foi a apresentação do projeto de obras de remodelação da igreja de Nossa Senhora de Fátima, principal centro de culto daquela comunidade. Os elementos da Comissão fizeram um resumo do processo ao longo dos últimos anos, que começou com a identificação da necessidade de substituir o telhado da igreja e a decisão de “aproveitar a ocasião para uma remodelação, para melhor conformidade litúrgica e conforto da assembleia”. O projeto global foi encomendado a uma equipa de arquitetos e sucessivamente melhorado com os contributos da população, até à aprovação pelo Departamento do Património Diocesano de Leiria-Fátima.
Após o lançamento de um concurso, está a decorrer por estes dias a fase final de negociação para a adjudicação da obra, que deverá rondar os 300 mil euros de investimento, um terço dos quais já angariados. Além de uma nova cobertura, a intervenção contempla a renovação e readequação litúrgica do presbitério, a reformulação e requalificação da iluminação natural e artificial, a melhoria do conforto térmico, acústico e estético, e a configuração de espaços próprios para o coro litúrgico, a Reconciliação e a capela do Santíssimo, cujas plantas, imagens e maqueta foram apresentadas à assembleia.
União como chave
No final, foi feito o apelo à união e à participação da comunidade neste projeto, como “condição essencial para o justificar e para a sua concretização”. Nessa linha, foi proposta a criação de uma entidade designada por Comunidade Eclesial da Golpilheira, como unidade pastoral dentro da paróquia da Batalha, tendo em vista promover a comunhão e a identidade mais reforçada dos cristãos residentes nesta freguesia civil. A sua coordenação será de uma Comissão Administrativa e Pastoral, presidida pelo pároco, com responsabilidades de gestão patrimonial semelhantes às das comissões de igrejas não-paroquiais, acrescidas da dinamização pastoral da liturgia, da catequese e da ação sócio-caritativa.
Neste encontro estiveram presentes os padres José Gonçalves, pároco da Batalha, e Jorge Guarda, vigário geral da Diocese, que sublinharam a importância de fazer acompanhar a renovação do espaço celebrativo com a revitalização da Igreja viva que são as pessoas. Considerando que a obra proposta é “adequada às necessidades, bem estruturada tecnicamente e de estética agradável”, ambos consideraram que “parece ser um esforço orçamental viável para esta comunidade, se para tal se mobilizar”.
Houve ainda espaço para intervenções livres, numa tónica de apreciação positiva do que fora proposto e de confiança na sua execução. Alguns dos presentes adiantaram, de imediato, a sua intenção de colaborar com donativos ou empréstimos de capital, o que gerou uma onda de otimismo expressa com o braço no ar de todos, em resposta à pergunta “quem concorda que se avance?”.