No dia 1 de setembro, a convite do bispo D. José Ornelas, reuniram-se diretores, colaboradores e servidores da Igreja da diocese de Leiria-Fátima nas instalações do Seminário Diocesano. Neste encontro, foi realizada a tomada de posse do novo reitor do Seminário e diretor do Centro Pastoral Diocesano, padre Manuel Armindo Janeiro, sacerdote que também assume os papéis de Vigário Geral e moderador da Cúria Diocesana.
Este encontro, que contou com a presença de D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, teve início com uma breve oração, seguida da apresentação individual de todos os presentes.
Em seguida, D. José Ornelas, Bispo de Leiria-Fátima, dirigiu-se aos presentes e partilhou as suas reflexões e sentimentos sobre a Diocese que governa, nomeadamente a sua jornada de adaptação à realidade diocesana, reconhecendo as responsabilidades que recaiem sobre ele na organização eclesiástica. O bispo enfatizou a importância de todos os presentes se sentirem em casa no Seminário, que comparou às casas de cada um.
Seminário, casa da Diocese
D. José Ornelas deixou claro que o encontro era uma “reunião de irmãos e irmãs que estão comprometidos com o serviço à Igreja do Senhor”. Por isso, centrou-se na analogia em que comparou o Seminário a uma casa. Para ele, “a família e a casa de cada indivíduo são realidades muito mais intensas hoje do que em anos anteriores”.
D. José Ornelas destacou que a Diocese tem as suas próprias “casas”, que incluem igrejas, centros e capelas, e que estas são extensões das casas pessoais dos fiéis. Destacou a importância de todos se sentirem acolhidos e bem-vindos no Seminário, afirmando que o acolhimento é uma característica fundamental do cristianismo e da vida na Igreja.
O bispo diocesano abordou ainda a ideia de que “a Igreja, de certa forma, se assemelha a uma empresa, onde todos devem trabalhar juntos, em relação, na mesma direção”. Para ele, “o que realmente dá vida à Igreja não são as suas estruturas, mas sim as pessoas presentes” naquele encontro. Acrescentou ainda que, “assim como uma empresa, a Cúria diocesana requer a cooperação e a unidade de todos os seus membros para cumprir sua missão”. Nessa linha, o Seminário é, pois, “uma casa para a Diocese, um local de liberdade e serviço”.
O prelado também mencionou que o Seminário irá passar por mudanças nos próximos meses para se adaptar às novas realidades, incluindo a sua própria mudança para o edifício, deixando a sua atual residência.
Gratidão e boas-vindas
Depois das palavras do bispo de Leiria-Fátima, José Marques, presidente da Cáritas Diocesana, fez uma intervenção para expressar gratidão ao padre José Augusto e dar as boas-vindas ao padre Manuel Armindo Janeiro. Lembrou que há momentos para iniciar, fazer e terminar, destacando a importância de assumir compromissos com dedicação e justiça.
José Marques deu ênfase ao “serviço corajoso e dedicado do padre Jorge Guarda como Vigário-Geral e do padre José Augusto como reitor do Seminário”. Reconheceu os desafios que enfrentaram, incluindo a falta de vocações e outros obstáculos, e elogiou a sua humildade e colaboração.
O presidente da Cáritas Diocesana expressou ainda votos de sucesso para o padre Manuel Armindo Janeiro no novo papel como Vigário-Geral e reitor do Seminário. Referiu a importância de continuar o trabalho dos seus antecessores, “melhorando sempre que possível e permanecendo atento aos desafios internos e externos da Diocese”. O processo sinodal foi também mencionado como um guia para o futuro, manifestou a intenção de se comprometer a apoiar as orientações do novo reitor do Seminário.
A palavra ao antigo e novo reitor
O padre José Augusto fez um resumo da história do Seminário e do Centro Pastoral Diocesano (CEPADI). Também mencionou a nota pastoral de D. António Marto, “Seminário, Casa para a Diocese”, publicada em 2011, em que destacou a importância do Seminário como um centro vital para a formação e a comunhão na Diocese.
O Padre Manuel Armindo Janeiro, novo reitor do Seminário, dirigiu-se aos presentes e observou a mudança na composição do grupo ao longo dos anos. Fez referência à proposta do Papa Francisco de que “cada indivíduo ocupe o seu lugar no processo de discernimento vocacional” e enfatizou a importância de preparar as estruturas para facilitar a vida em vez de consumi-la.
Após as apresentações e reflexões, os presentes celebraram a Eucaristia, que marcou formalmente a tomada de posse do novo reitor. O encontro finalizou-se com o almoço.