No passado dia 1 de maio, teve lugar em Lisboa uma manifestação contra a legalização da eutanásia em Portugal, em frente à Assembleia da República, seguindo-se uma vigília de oração na Basílica da Estrela.
Estiveram presentes cerca de 150 pessoas oriundas da zona de Lisboa, Barreiro, Fátima e Leiria, estando também representados alguns movimentos cívicos como a Stop Eutanásia e a Federação pela Vida.
Ao longo da manifestação, foram sendo expressas as razões desta causa, com intervenção de médicos, juristas, um sacerdote e um pastor evangélico. “Foi bom escutarmos a opinião e os motivos que levou cada um àquela manifestação, pensada após ter-se conhecimento de que os nossos deputados iriam discutir e debater este tema na Assembleia da República”, conta Mafalda Simões. Segundo esta participante, da Diocese de Leiria-Fátima, “como cidadãos a favor da vida, sentimos necessidade de nos exprimirmos e usamos os meios que temos ao dispor, como um blogue com várias orações para que as pessoas possam rezar pela vida, que é um dom de Deus”.
Embora não tenha sido uma multidão, “em manifestações do mesmo género costumam aderir muito menos pessoas”, refere Mafalda Simões. E, em jeito de conclusão, lamenta que “nós, povo católico, em Portugal, estamos a tornar-nos uns católicos instalados, não saímos do sofá”. Em resposta, defende que “é necessário exprimirmos as nossas ideias e expressar a nossa fé com palavras, mas também com atos, o que é mais difícil”. Quanto esta causa em concreto, “não podemos esquecer que um dos Mandamentos da Lei de Deus diz claramente ‘não matar’ e a Igreja defende que enquanto houver um coração a bater há vida, ou seja, desde a sua conceção até à morte natural, não podendo ser nós a decidir o curso da mesma”. Na mesma linha, esta católica acredita que “enquanto houver vida há esperança”.