Decorreu nos passados dias 10 e 11 de fevereiro o 46.º Encontro Interdiocesano de Catequistas, que contou com uma variedade de intervenções e possibilidades de aprofundamento da realidade da adolescência de hoje.
Com o tema “Adolescentes hoje: visão sociológica e psico-religiosa”, o encontro revelou-os como “gente com dúvidas de fé e quer debatê-las”, que sente “as famílias como ponto de partida”, que quer “catequistas que lhes prendam a atenção, que os ouçam, que os tenham em conta e que os façam participantes no projeto da catequese”, que tem “apreensão e até medo” na busca de certezas, que dá “importância aos amigos” e que precisa de “uma catequese que lhes mostre Deus, o Deus de Jesus Cristo”.
O documento conclusivo aponta, ainda, que é necessária “uma catequese que os cative, que seja menos teórica, com mais propostas de voluntariado, dando-lhes a autonomia que tanto anseiam”, uma catequese “fora da sala”, mais baseada na experiência, nas relações pessoais e nas novas tecnologias. Paralelamente, deve apresentar uma Igreja que não esconda “os seus erros e pecados”, promover celebrações mais “vibrantes” e dar espaço à sua participação na comunidade e à sua “criatividade”, devidamente “monitorizada e canalizada”, mas que valorize o positivo das “suas circunstâncias e vivências”.
As conclusões, assinadas pelo padre José António, de Portalegre – Castelo Branco, surgem assim resumidas: “Não há casos perdidos, há gente em stress, a quem foi retirada a autonomia; é urgente dar importância à beleza, sobretudo à interior; a frequência religiosa ajuda a ritmar a vida; temos de ser capazes de ver e de ler a vida e as situações com bom humor, na certeza de que Deus é Amor, mas também é humor; o centro é a mensagem cristã e a Palavra de Deus, e no centro da catequese está uma Pessoa: Jesus Cristo”.
Este documento e outros materiais estão disponíveis no sítio da catequese.