Começa a semana maior, a Semana Santa.
A minha alma e o meu coração alternam entre a alegria contida e a tristeza comedida.
Mas quer a alegria, quer a tristeza, estão cheias de confiança, de esperança, de fé, enfim.
Jesus Cristo, meu Senhor e meu Deus, entrega-se por mim, e sim, é verdade, por todos, até por aqueles que ainda não acreditam ou O rejeitam.
E ao meu coração vêm as palavras infames que Lhe são dirigidas: «Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és Filho de Deus, desce da cruz!» Mt 27, 40
E eu olho para dentro de mim e penso quantas vezes neste caminho de fé, que é hoje a minha vida, eu penso na minha salvação sem pensar na dos outros.
Jesus Cristo não precisava de salvação porque Ele próprio é a salvação
Mas quis fazer a vontade do Pai e dar a Sua vida pela minha salvação, pela salvação de todos.
Estarei eu disposto a dar a minha vida pela salvação dos outros?
Estarei eu disposto a entregar a minha vida ao Pai, se for de Sua vontade que eu a dê pelos outros?
Mesmo acreditando que Ele não me pediria tal sacrifício, seria eu capaz de o fazer por amor a Deus, por amor aos outros?
Ainda mais sabendo, acreditando, que se o fizesse também me salvaria por vontade d’Ele!
Nas Tuas mãos Pai coloco a vida que me deste, e entrego-a para que nela seja feita apenas e só a tua vontade, e se ela for necessária para a salvação de outros, toma-a nas Tuas mãos, porque ela é Te pertence.
Mas sou fraco, Pai, por isso Te peço, por Jesus Cristo, no Espírito Santo, dá-me tudo o que eu necessitar para que consiga conformar-me com a Tua vontade, e assim a vida que me deste ser útil à salvação de outros.
Será orgulho, meu Pai, este meu oferecimento?
Se é Pai, não o leves em conta, mas apenas o meu firme e sincero desejo de que todos, mesmo todos, se deixam tocar pelo Teu amor e que, em cada um como em mim, se faça a festa do regresso de cada filho à casa do Pai.
Para glória, hoje e sempre, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.