Cálice-custódia
Autor desconhecido, século XVII
Prata dourada fundida, batida e cinzelada e vidro
Inv. n.º DLF.4915-XXX.17
Nota histórico-descritiva
Naveta de prata cujo pé apresenta nó (cujo tratamento lembra a coroa de espinhos) e base decorada com cartelas eCálice-custódia, de prata dourada e vidro, possui base circular, nó e copa. Neste último elemento assenta o hostiário de morfologia simplificada, constituído por recetáculo circular, com o respetivo crescente eucarístico, encimado por uma cruz. A parte superior da alfaia pode destacar-se, possibilitando o uso autónomo do cálice. Alguns autores defendem ter existido a tradição de, nalgumas comunidades, este tipo de alfaia servir para a chamada “missa dos pré-santificados” (ação litúrgica de Sexta-Feira Santa); a ser desse modo, esta alfaia funcionaria, fundamentalmente, como cibório para conter o Pão Eucarístico consagrado na Véspera e a ostentar a hóstia consagrada no viril, esta estaria coberta com um véu. A função destes cálices-custódias seria, porém, a de ser tomada de forma autónoma (cálice para a eucaristia; custódia para o culto eucarístico de adoração).
Rubrica “Arte e Ver o Património” subordinada ao tema da “Eucaristia”, no âmbito do triénio pastoral. É publicada semanalmente na Revista Digital Rede. Subscreva gratuitamente em https://rede.leiria-fatima.pt