Aliança de Santa Maria

O grupo surgiu no Porto em 1966, tornou-se congregação em Braga em 2002, mas foi Fátima que esteve na raiz do seu aparecimento, pela especial devoção e dedicação das fundadoras à Mensagem que Nossa Senhora trouxe aos Pastorinhos da Cova da Iria em 1917.

  

 

 

 

 

 

Nova evangelização
a partir da Mensagem de Fátima

Maria Áurea Soares era professora liceal quando conheceu Maria Clara de Vasconcelos Pereira no seu percurso de formação de professora do ensino básico. Mulheres de inteligência e força de vontade invulgares, tinham em comum o desejo de seguir fielmente a Cristo e o amor a Nossa Senhora. Em 1966, com 41 e 18 anos de idade, respetivamente, deixaram tudo para se lançarem na missão que ardia nos seus corações e, com algumas outras senhoras do Porto, criaram um pequeno núcleo para espalhar a Mensagem de Fátima e viver em comum uma vida de oração, consagração e comunhão com Deus.

A sua ação intensifica-se em 1974, partindo das convulsões sociais da época para difundir a oração do Rosário e os pedidos de Nossa Senhora de reparação e consagração do País e do mundo. Daqui brotaram os movimentos laicais ligados à congregação – Cruzada Nacional do Terço, Luzeiros de Santa Maria, Aliados Reparadores e, mais tarde, Luzeiro dos Pastorinhos.

Em 1985, a Aliança de Santa Maria (ASM) foi aprovada como Associação de Fiéis pelo bispo de Braga e viria a ser reconhecida como Congregação, na mesma diocese, em 2002.

 

Carisma

Além dos votos de pobreza, castidade, obediência, as irmãs da ASM assumem o da unidade, como expressão do seu lema: “Para que todos sejam um” (Jo 17, 21). Têm como carisma cooperar na nova evangelização através do Imaculado Coração de Maria, com o rosto especifico da Mensagem de Fátima.

Este ímpeto evangelizador concretiza-se no testemunho do amor à Eucaristia, a Nossa Senhora e ao Santo Padre, bem como em atividades apostólicas diversas, sobretudo em encontros, retiros e campos de férias para crianças, jovens e adultos, bem como na promoção da oração do Rosário, do pedido de Nossa Senhora da reparação dos Primeiros Sábados, da consagração e da penitência em ordem à conversão.

“Esta missão implica que a nossa primeira preocupação seja a união com Cristo, que procuramos numa vida de oração e contemplação”, refere a irmã Ângela Coelho, superiora da comunidade de Fátima. E concretiza: “Neste tempo em que muitos homens e mulheres se sentem perdidos na sua fé ou envolvidos numa cultura do imediatismo e materialismo, vivemos conscientes de que «somos chamadas a ser a continuação do regaço amoroso da Mãe de Nosso Senhor»”, expressão usada nas Constituições da Congregação.

 

Expansão

Apesar da história recente e não ter ainda muitas infraestruturas, a ASM tem recebido um número significativo de jovens vocações e está já em cinco dioceses, nas localidades de Guimarães, Estarreja, Lisboa, Fátima e Coimbra. Dada a sua raiz, Fátima seria um destino incontornável, onde chegou em 1982. Atualmente tem ali duas comunidades, uma de residência e outra de formação das jovens candidatas e centro pastoral e vocacional.

Na nossa diocese, as irmãs colaboram com a pastoral juvenil e vocacional, o pré-seminário e a secretaria da casa episcopal, além das iniciativas litúrgicas e de formação do Santuário de Fátima e a Postulação de Francisco e Jacinta Marto. A congregação dinamiza ainda a sua própria pastoral infanto-juvenil e familiar e muitas irmãs têm atividades profissionais fora da comunidade, como é o caso da superiora, que é médica no Hospital de Santo André e no Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição, na Batalha.

  

Nossa Senhora da Oliveira

A sua sede geral situa-se na medieval igreja de Santa Maria de Guimarães, nomeada de Nossa Senhora da Oliveira a partir do século XIV. Ainda conserva a aparência que adquiriu aquando da sua reconstrução, ordenada pelo rei D. João I. Aliás, há hoje a certeza histórica de que foi nessa igreja que el-rei rezou antes da batalha de Aljubarrota e de que o seu voto a Nossa Senhora, caso vencesse, era o de fazer o seu restauro. Cumpriu e, dada a grandiosidade do feito bélico, ampliou esse voto à construção do grandioso Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

 

Testemunho vocacional

“O sonho de me tornar médica foi ganhando corpo…”

2015-06-23 sopra2Quando era ainda criança, tinha uma noção básica de quem era Deus. A minha mãe levava-me à Missa ao domingo e, nos momentos difíceis, dizia-me que Deus nos havia de ajudar – e tantas vezes essa presença se fazia sentir das mais diversas maneiras!

Fui crescendo com esta fé e confiança, mas sem grande aprofundamento, exceto o percurso habitual na catequese e no grupo de jovens. Um pormenor importante foi um pequeno livro sobre a Beata Jacinta que a minha avó me trouxe de Fátima: a partir dali foi inevitável começar a rezar o Terço todos os dias, ainda que sozinha.

Entretanto, a escola corria bem e o sonho de me tornar médica foi ganhando corpo, até que, ao preparar os exames finais do 12.º ano, me surgiu uma ideia estranha: “e se, depois desse esforço titânico, eu fosse passar uns dias a um convento?”. Fui às carmelitas passar uma semana de contemplação, no silêncio e na atmosfera orante e alegre daquele belo convento, que marcou a minha vida. Saí de lá com uma outra visão de Deus: Deus afinal está ainda mais perto, envolve-se na minha história. Mas será que Ele poderá querer algo como a vida consagrada para mim?

Aquela pergunta ficou ali nos bastidores da minha mente, enquanto a minha vida se desenrolava de forma maravilhosa: entrei na Faculdade de Medicina do Porto! Apesar de ter liberdade em casa, em Guimarães, a ida para o Porto, aos 18 anos, deu-me um “extra” de independência para viver “ao meu jeito”. Mas nada parecia “preencher-me” e aquela experiência de Deus no Carmelo vinha recorrentemente ao de cima.

Essa inquietação agravou-se num campo de férias, onde fiz uma amizade inesperada com uma jovem que, alguns meses mais tarde, me diz que vai entrar numa congregação religiosa. Comecei a ir visitá-la a Fátima e, naquela casa da Aliança de Santa Maria, descobri um lugar de muita intimidade com Deus e com Nossa Senhora e de uma alegria fraterna verdadeiramente tocante. A partir daí, tudo se foi tornando mais claro. Completei o curso já com a decisão tomada de entrar na Congregação. Nesse tempo, foi crucial o acompanhamento com a mestra de noviças e a oração perseverante; tive ainda tempo de fazer voluntariado em Moçambique e até… de me apaixonar; ofereci também isso ao Senhor, porque, se Ele primeiro me escolheu, agora Ele era também a minha escolha.

Para os meus pais foi doloroso, pois acresce à surpresa da decisão o facto de eu ser filha única. Mas para mim, o dia da minha entrada, em 2008, foi o início de uma vida que quer ser de entrega, pelas mãos de Nossa Senhora, a quem aprendi a chamar Mãe, e que reconhece esse toque de Deus que continua a chamar. Na Aliança de Santa Maria, descobri o lugar que Deus prepara em cada dia para mim, para com Ele e em comunidade levá-l’O a toda a gente, particularmente através da Mensagem de Fátima.

Ir. Ana Luísa Castro

 

 

Números

Portugal

Casas: 6

Membros: 32

Diocese

Casas: 2

Membros: 16

Mais nova: 18 anos

Mais velha: 52 anos

Média etária: 30 anos

 

Formação para catequistas sobre ambientes seguros
25 de Janeiro
, às 09:30
Domingo da Palavra de Deus
26 de Janeiro
Retiro 24, para jovens
1 de Fevereiro
Formação sobre administração de bens da Igreja
8 de Fevereiro
, às 10:00
ENDIAD – Encontro Diocesano de Adolescentes
8 de Março
, às 09:30
Formação sobre administração de bens da Igreja
22 de Fevereiro
, às 14:30
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