No dia 21 de abril de 2024 pelas 12 horas juntou-se um grande aglomerado de gente à porta da residência sénior da ADESBA – Associação de Desenvolvimento e Bem Estar Social da Barreira, que dá acesso à estrada principal. Algumas pessoas já tinham ido assistir à cerimónia do lançamento da primeira pedra para a construção da futura creche no Telheiro. A mulher de cima dos seus 77 anos olhou para alguns dos presentes que ela já não via há alguns anos.
O tempo transforma o nosso corpo e o nosso visual, mas os que reconheceu fez questão em cumprimentá-los…
E depois duns escassos minutos em que os participantes se cumprimentaram, entraram todos para uma grande sala onde foi servido um farto almoço, seguindo-se a parte cultural no espaçoso átrio que antecede a porta principal de entrada da Residência. Os jovens da Escola de Música da Barreira atuaram com instrumentos bem afinados, um grupo da Adesba Acapela fundado por Rita Pereira desempenhou bem o seu papel e o AdesbaChorus , de vozes bem timbradas, encantou mais uma vez toda a assistência.
E depois o senhor presidente da direção referiu-se em sucintas e oportunas palavras ao acontecimento. Ouvi o senhor presidente do Centro Regional de Segurança Social e uma senhora que devia ser técnica superior do Serviço Social responsável com certeza pela área da ação social…
Gostei deveras que o presidente da direção da Adesba ofertasse a algumas pessoas presentes e outras a título póstumo uma lembrança pelos bons serviços prestados.
E depois o senhor presidente da junta da União de Freguesias Leiria, Pousos, Barreira e Cortes falou.
A mulher velha apurou o ouvido. Ficou surpreendida quando ouviu falar no seu nome e disse para si “não me lembro nada deste episódio, ir a casa do senhor José Manuel que era funcionário nas finanças, residente na Cumeira do Paço acompanhada dele, e o de o deixar a falar com o homem que seria uma pedra angular da Adesba”.
E depois a idosa levantou-se e aproximou-se em passo determinado do padre Cristiano Saraiva, o mentor e o criador da AdesbaChorus e disse com ar muito sério e convicto:
– Tenho mesmo que o interromper – e deu-lhe um afetuoso abraço.
Naquele abraço expressou o seu muito obrigada pela vertente cultural (musical) que trouxe aquela Associação quando foi pároco da Freguesia.
Do lugar onde se encontrava ouviu um nome que lhe era familiar, Mário Matias, que deve ter para cima de oitenta anos.
Cumprimentou efusivamente o representante da Caixa de Crédito Agrícola de Leiria e da sua Fundação.
Aquele abraço expressava a gratidão de todas aquelas pessoas presentes e as que não puderam estar pela confiança daquela instituição bancária depositada nas gentes da Freguesia da Barreira. No seu empreendedorismo tão bem traduzido nos diferentes elementos que constituíram os órgãos sociais da Adesba durante aqueles 25 anos da sua existência.
A seguir cantaram os parabéns e foi cortado um grande bolo que foi distribuído por todos.
E depois fui para casa e num ápice escrevi este texto para que as crianças de hoje e as que hão-de nascer saibam como tudo se passou, como foram comemoradas as Bodas de Prata da Adesba.