Maria Idalina Curado Matias Jordão, provavelmente poucos sabiam o seu verdadeiro nome, sobejamente conhecida por “Lininha”.
Certamente a mais generosa mulher que já conhecemos durante a nossa vida. Uma vida vivida tendo como modelo a Virgem Maria: discreta, atenta e disponível.
Quem não reconhecia a Lininha, que com o seu passo apressado, diariamente percorria os caminhos da paróquia para fazer voluntariado? Visitar os doentes, acompanhá-los ao hospital, recolher mantimentos para ajudar o Seminário e para a Casa Episcopal, cobrar cotas aos associados e oferecer-lhe um bolinho para os soldados da Paz “os bombeiros” nos dias mais importantes, vender os calendários dos Franciscanos e as velas da Cáritas, durante 45 anos como Servita na ajuda aos peregrinos de Fátima e fundamentalmente a guardiã da igreja da terra, para nada faltasse na eucaristia semanal.
Viver para servir, foi a sua missão de vida! Ser feliz a Viver para os outros. É o legado que nos deixa.
Mas ela não nos deixa, na verdade ela deixa-nos um verdadeiro exemplo de solidariedade de generosidade. Acreditamos que no Céu mais próximo de Deus, continuará a sua jornada de bondade para toda a eternidade.
Quem não tem em sua casa, uma vela, um calendário ou uma agenda vendida por ela? Esta foi a sementinha que deixou em casa de cada um de nós, que ela floresça e ilumine a nossa vida.
Que saibamos seguir o seu exemplo. Amor à família, generosidade para com o outro, adoração a Deus.
Permitam me ainda que vos confidencie as últimas palavras que partilhou comigo: Perguntava “Ó Nino, toda a gente depois de morrer passa pelo purgatório?”. Respondi: “não tia, a tia vai diretamente para o Céu”. Simplesmente sorriu.
Um último pedido da Lininha: “A quem eu ofendi que me perdoe, a quem me ajudou, obrigada”.