A festa da Eucaristia nas ruas da cidade

Quatro anos após a suspensão do feriado nacional, o regresso da festa do Corpo de Deus ao 60.º dia após a Páscoa traduziu-se numa enorme manifestação de piedade popular dos fiéis diocesanos.

No dia da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, celebrada no passado dia 26 de maio, 340 crianças da catequese, que fizeram este ano a primeira comunhão, “cearam com Jesus”, participaram na Festa da Eucaristia e integraram a procissão do Corpo de Deus pelas ruas da cidade, que reuniu cerca de cinco mil fiéis.

À noite, os jovens desfilaram os seus talentos musicais, no “MC’Fest”, Festival Diocesano da Canção Jovem de Mensagem Cristã.

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► Cerca de 5.000 fiéis participaram na Missa, no Parque da Cidade.

 

A festa da Eucaristia nas ruas da cidade

Já o início do cortejo subia a escadaria da Catedral e o pálio, debaixo do qual seguia o Santíssimo Sacramento, ainda não tinha saído do Parque da Cidade. Foi ali que se celebrou a Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, no passado dia 26 de maio, participada por mais de cinco mil fiéis diocesanos.

Na frente da assembleia, o colorido das bandeiras dos 45 grupos de crianças da catequese, que fizeram este ano a primeira comunhão e que participaram, durante a manhã e início da tarde, na “Festa da Eucaristia – Vamos Cear com Jesus!”.

No final da Missa, também as crianças integraram a procissão que levou o Santíssimo Sacramento pelas ruas da cidade até ao adro da Sé, numa marcha acompanhada pelas filarmónicas da Maceira, dos Marrazes e de Monte Redondo.

Um caminho de quase um quilómetro que foi expressão da fé e piedade populares e que começou na Rua Comissão de Iniciativa, em direção à Rua do Lis para atravessar o rio pela Ponte Afonso Zúquete, contornando depois o Jardim Luís de Camões pelo Largo 5 de Outubro, seguindo para o Largo da Sé pela Rua da Vitória.

O percurso era encabeçado pelos fiéis que seguravam as bandeiras das paróquias e adornado pelo colorido das pétalas que se iam estendendo pelo trajeto, à passagem do pálio. Ali, seguia a custódia onde se expunha o Santíssimo Sacramento, levada pelo Bispo diocesano, que a segurava com o véu de ombros.
À passagem do Santíssimo Sacramento, as pessoas que ladeavam as ruas acompanhavam-No solenemente com o olhar, em recolhimento e oração. O silêncio popular fazia sentir o aroma das pétalas que perfumavam a calçada e perceber o perfume de uma fé que saía, briosa, às ruas da cidade.
Na chegada à Catedral, um outro momento de adoração silenciou um Largo da Sé lotado e concluiu a solenidade, quando o Bispo elevou a custódia e benzeu todos com o Santíssimo Sacramento.

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► Santíssimo Sacramento chega ao Largo da Sé.

 

Bispo convida fiéis a levar o calor do amor às periferias humanas

Na Homilia, D. António Marto partiu do tema da festa que juntou 340 crianças da catequese: “Vamos cear com Jesus”, para aprofundar o sentido do sacramento da Eucaristia.

“Na ceia da despedida, Jesus deixou a sua presença feita dom no sinal do pão para permanecer no meio de nós para sempre. O sinal do pão é simples mas belo e eloquente: diz-nos que Jesus é para nós Pão da Vida, como alimento que sustenta e fortalece a nossa vida espiritualmente”, lembrou o Bispo diocesano, ao sublinhar a importância na Igreja da comunhão com a Jesus Cristo e com os irmãos.

Nesta perspetiva de união e partilha, D. António Marto exortou os fiéis para que sejam “sinal da presença de Jesus no mundo de hoje e levar o calor do seu amor às periferias humanas onde há sofrimento e é necessária a solidariedade”.

“Por isso, nós levamos Cristo, presente na Eucaristia, em procissão pelas ruas da nossa cidade. Queremos que as nossas ruas sejam também as ruas por onde Cristo passa; que as nossas casas sejam casas onde Ele tenha lugar; que a nossa vida de cada dia seja tocada pela sua presença.”

 

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►  Bispo eleva a custódia para a bênção final com o Santíssimo Sacramento.

 

Um caminho feito em Igreja

Na despedida, D. António Marto mostrou-se emocionado por ver “um povo imenso a manifestar a sua fé com fervor, piedade, devoção e gestos de carícia do coração”, numa “imagem da Igreja peregrina, que percorre os caminhos do mundo guiada pelo seu Senhor”.
“Caminhamos juntos, ajudando a caminhar aqueles que porventura coxeiam, a levantar aqueles que caem e dando ânimo uns aos outros. Isto é a nossa fé, vivida neste dia, mas para ser levada para as nossas vidas, para as nossas famílias, em primeiro lugar, para as nossas comunidades e para o mundo onde vivemos.”

Às crianças que participaram na Festa da Eucaristia, o Bispo diocesano deu os parabéns e pediu para nunca perderem o “encanto da amizade com Jesus”.
A terminar, D. António Marto agradeceu a todos os que se empenharam na preparação da celebração, nomeadamente às filarmónicas presentes, que encerraram a tarde com uma peça conjunta, tocada no adro da Sé, que pôs o ponto final numa “celebração rica, bela e festiva”.

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